quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Documentos sobre a Delegação de Lisboa do DAI (1971-1999)


Os "recortes de jornais" (em tempos, a base de qualquer serviço de informação e documentação...) são como as cerejas, no que respeita a sugestões temáticas...Não terá sido por causa da efeméride do 10º aniversário da delegação lisboeta do DAI_ o Instituto Arqueológico Alemão"_ que o Gonçalo Pereira Rosa me terá enviado mais este recorte. Com efeito o título a toda a largura da página do Diário Popular de 17 de Dezembro de 1981 remete para a descoberta e escavação de emergência, como então dizíamos, da Necrópole das Casas no Redondo (e não dos Casos...gralha do jornal). Tratava-se de um importante sítio identificado por arqueólogos amadores locais e que concentrava materiais associados a necrópoles de incineração da Idade do Ferro mas também de época romana. A importância dos materiais chamou naturalmente a atenção de Caetano Melo Beirão, então Director do recém criado Serviço Regional de Arqueologia do Sul, com sede em Évora que ali promoveu escavações com o apoio dos assistentes da Universidade de Évora, Jorge Pinho Monteiro e José Olívio Caeiro.  Por várias razões os trabalhos acabariam por decorrer com muitos percalços e os materiais, julgo que na sua maior parte ainda por publicar, só dariam entrada no Museu de Évora alguns anos depois, estando parcialmente expostos desde 2013 na Galeria de Arqueologia do Museu de Évora. Mas não foi a Necrópole das Casas a motivação deste "post". De facto, acabou por prender a minha atenção, a referencia ao 10º aniversário da delegação de Lisboa do Instituto Arqueológico Alemão, até porque conservo entre os meus papéis uma rara brochura editada em 1991, no vigésimo aniversário desta prestigiada instituição que desgraçadamente não chegaria aos 30 anos, uma vez que seria encerrada em 1999. Felizmente, parte do respectivo acervo documental (nomeadamente os Arquivos do Casal Leisner e a sua excelente Biblioteca) acabariam por permanecer em Portugal tendo sico cedidos em regime de comodato ao Estado português, integrando hoje a Biblioteca de Arqueologia da DGPC (Palácio Nacional da Ajuda). 

Sobre a importância desta instituição alemã no desenvolvimento da Arqueologia portuguesa, e a quem tanto devem muitos arqueólogos da minha geração, falam por si os textos que a seguir se transcrevem da referida brochura de 1991  (textos de Theodor Hauschild director da delegação de Lisboa do DAI e Hermanfrid Schubart, director do DAI, em Madrid). A estes arqueólogos alemães, me ligam especiais relações profissionais e de amizade, também extensíveis a Philine Kalb, Martin Hock e Michael Kunst. A sua ligação a Portugal é de tal ordem que alguns deles (como o Martin, a Philine ou o Haushild) escolheram mesmo o nosso país para residência, uma vez aposentados.



Martin Hock e Philine Kalb em visita recente à Gruta do Escoural (2017)

Theodor Hauschil no Museu de Évora, em 2014


http://pedrastalhas.blogspot.pt/2014/10/a-visita-do-mestre-evora-o-nome-de.html

















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